quarta-feira, 22 de outubro de 2014

WWF lança cartilha com orientações para o consumo consciente



Foto: página da WWF


Neste mês é comemorado o Dia do Consumo Consciente, instituído pelo Ministério do Meio Ambiente. A data escolhida foi 15 de outubro. Ter um dia como esse marcado no calendário é fundamental para levantar a discussão de um tema tão importante na preservação ambiental.
Pensando na data e em sua relevância, a WWF-Brasil lançou um guia para ajudar as pessoas a se tornarem consumidores conscientes. A cartilha traz dicas relacionadas a diversos setores do nosso dia a dia como água, alimentação, energia, lazer, entre outros.
A WWF-Brasil resolveu criar o guia porque acredita que qualquer pessoa pode se tornar um consumidor mais consciente, que sabe ser responsável e sustentável em suas escolhas cotidianas.
A cartilha é bem didática e traz dicas simples, mas que muitas vezes esquecemos de colocar em prática. Por exemplo: você se lembra de desligar aparelhos eletrônicos antes de ir dormir? Cuida da sua alimentação e coloca no prato a quantidade certa que consegue comer? E na hora de fazer compras, vai de carro no supermercado que fica na esquina da sua casa? Por que não ir a pé ou de bike?
Pois é, essas são alguns toques que a cartilha traz. E sabe o que é bacana? Ela está disponível na internet, é só clicar, baixar e seguir as dicas.

Por Fernanda Lopes

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Projeto realiza oficina de redes sociais e fotografia em Espera Feliz


Equipe do Projeto Cooperar e participantes da oficina

Na última terça-feira, 14 de outubro, o Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata, CTA-ZM, através do Projeto Cooperar, Superando Desigualdades de Renda, com  patrocínio Petrobras pelo Programa Socioambiental, realizou uma oficina de redes sociais e fotografia básica no município de Espera Feliz (MG).
A oficina teve o objetivo de capacitar os sócios cooperados, agricultores e agricultoras familiares na utilização da internet, principalmente no que se refere a redes sociais, ferramenta altamente difundida inclusive no meio rural. Além disso, a oficina contou com um tópico sobre fotografia básica e a sua utilização como estratégia de informação, promoção e marketing dos empreendimentos da agricultura familiar.
A oficina foi ministrada pelo comunicador social e técnico do CTA, Rodrigo Carvalho, e contou com a participação dos associados da Coofeliz (Cooperativa da Agricultura Familiar Solidária de Espera Feliz).
Na atividade os agricultores e agricultoras tiveram a oportunidade de compreender o Facebook não somente como atividade de diversão e entretimento, mas sim como uma estratégia de visibilizar as atividades e os produtos dos empreendimentos de agricultura familiar. A proposta do Projeto Cooperar é realizar esta oficina em todos os municípios participantes do projeto.


O Projeto Cooperar, que integra o Programa Petrobras Socioambiental, tem como objetivo promover a geração de renda a partir da inclusão produtiva e do acesso ao mercado de agricultores e agriculturas familiares. Entre suas estratégias de ação está ligada a melhoria do ambiente gerencial e práticas cooperativistas dos empreendimentos, onde a finalidade consiste em uma maior autonomia dos empreendimentos.

Por Fernanda Lopes e Rodrigo Carvalho

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

“HOJE EU NÃO MATO NEM OS MARIMBONDOS”


O Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), através do Projeto Cooperar: superando desigualdades de renda, participou na última quarta-feira (8) de uma  Oficina Técnica de Manejo e Produção de Bananas no município de Divino. A atividade teve o objetivo de capacitar os agricultores e agricultoras familiares no plantio, manejo e comercialização de bananas e foi realizada na propriedade do Sr. Adimar Fialho Pereira na comunidade dos Alves.
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Divino e a Associação de Pequenos Produtores e Produtoras Rurais de Divino e Orizânia (COOPERDOM) veem se apropriando das metodologias dos intercâmbios agroecológicos difundidos pelo CTA-ZM, neste sentido já têm realizado de maneira autônoma as suas próprias reuniões de trocas de experiências entre agricultores e agricultoras.
A atividade contou com a presença do agricultor convidado Sebastião Elias Santos, da comunidade de Santa Cruz do município de Araponga, que produz café e banana consorciados, sem a utilização de agrotóxicos. Na oportunidade ele compartilhou suas técnicas e conhecimentos no manejo da banana, bem como nos processos de comercialização.  Durante a oficina foi realizada uma visita na propriedade do Sr. Adimar, também produtor de bananas na comunidade dos Alves, atualmente ele abastece a merenda escolar, colhendo e entregando aproximadamente 100 kg por semana. Os agricultores que participaram desta atividade são os mesmos que produzem os outros alimentos que compõem a merenda escolar do município de Divino.
Em depoimento, o Sr. Adimar relatou que a agroecologia é um conhecimento novo para ele, que tem feito grande diferença em sua vida: “Hoje eu não mato nem os marimbondos, pois sei da relação deles com as outras plantas,... quando dá pra tirar eu levo a casa de maribondo pra um lugar mais seguro, pra eles e pra mim”. Ao ser questionado sobre as vantagens do plantio sem agrotóxicos, ele comentou que a agroecologia tem modificado sua forma de fazer agricultura e principalmente de compreender a natureza: “hoje não jogo veneno em mais nada e tenho diversificado a produção cada vez mais, estou gostando demais desse negócio de agroecologia”!
Para ele, que há mais de três anos tem produzido uma boa quantidade de bananas em sua propriedade, o resultado é muito positivo. "Estou muito satisfeito e pretendo cada vez investir mais, vejo que é um mercado bom e a demanda por banana de qualidade, sem agrotóxico é também cada vez maior”, ressalta.
A atividade também contou com a cobertura do jornal impresso do município,  “O Campeão”, que  esteve presente a fim de valorizar e divulgar a agroecologia como ciência prática e movimento, conceito que o CTA-ZM, através do Projeto Cooperar, busca desenvolver, realizando relevantes atividades com os empreendimentos ligados aos sindicatos  dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na região da zona da mata, entre eles Divino (Dom Divino), Espera Feliz (Coofeliz), Muriaé (Coopaf) e Acaiaca (AAPRA).
O projeto Cooperar, que integra o Programa Petrobras Socioambiental, tem como objetivo promover a geração de renda, a partir da inclusão produtiva e do acesso ao mercado de agricultores e agricultoras familiares. Entre suas estratégias de ação,  está ligada à ampliação da escala produtiva e agregação de valor, onde a finalidade consiste no funcionamento, na manutenção e no planejamento da produção agroecológica.






sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Florestas Agroecológicas ajudam na preservação de nascentes

Floresta Agroecológica. Foto: www.cooperafloresta.com

A população de Viçosa já sabe sobre o grave problema de falta d’água que a cidade está enfrentando. O racionamento já é uma realidade. Há tempos não cai uma boa chuva na região. Mas será que a culpa é apenas da chuva que resolveu não vir para nós?
Na verdade há causas mais profundas para este problema, como por exemplo, a falta de consciência da população em relação ao uso da água e a desconsideração com a Bacia do São Bartolomeu. As nascentes do ribeirão ficam no Paraíso, zona rural do município. No local, em vez de mata, há construções, o que atrapalha a absorção da água pelo solo quando chove.
A solução para melhorar essa situação pode ser bem simples: preservar a área que fica em volta das nascentes.
O trabalho realizado pela Cooperafloresta (Associação dos Agricultores Agroflorestais de Barra do Turvo/SP e Adrianópolis /PR) é um exemplo a ser seguido. A associação desenvolve o Projeto Agroflorestar, que incentiva os moradores de locais próximos as nascentes a cultivarem florestas agroecológicas. A iniciativa tem o apoio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

O site Articulação Nacional de Agroecologia publicou uma matéria sobre o projeto, confira no link

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Agroecologia e o fornecimento de alimentos

Maria Emília Pacheco, presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) defende a agroecologia como um sistema capaz de alimentar os 7 bilhões de pessoas de maneira saudável e sem o risco de contaminação por agrotóxicos. Confira a entrevista concedida ao Canal Futura. https://www.youtube.com/watch?v=PDt4HWklgI0

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A EXPERIÊNCIA AGROECOLÓGICA DE DONA DENIRA


Dona Denira é agricultora agroecológica há muitos anos, mas nem sempre foi assim. Mãe de cinco filhos, ela sempre viveu do seu trabalho com a terra, juntamente com seu marido Nourival. Porém, até os seus trinta anos de idade, ela foi uma agricultora convencional, convivendo com práticas agrícolas equivocadas e maléficas, não só a terra, mas principalmente a sua saúde e de sua família.
Devido a vários problemas de saúde, os quais Denira atribui ao uso intenso e a convivência rotineira com os agrotóxicos, ela conheceu a agroecologia e resolveu que mudaria a sua forma de produzir, bem como a sua relação com a terra.
Por esses motivos, além de se tornar uma agricultora consciente, e praticante da agroecologia, ela ainda se tornou uma militante do movimento, e por onde anda leva os ensinamentos e tenta alertar outros agricultores dos malefícios da agricultura convencional em relação às vantagens sistema agroecológico.
Ela começou a sofrer por intoxicação aos 30 anos, com graves infecções nas pernas. A partir deste momento ela se identificou com a agricultura alternativa, se envolveu no movimento e acabou colocando os filhos no movimento também.
Quem iniciou a experiência agroecológica foi a própria Dona Denira que logo convenceu seu marido. Na propriedade, ela mesma toma conta da horta, faz capina e separa os produtos para a entrega nos mercadinhos.  Ela consegue uma renda extra de no mínimo 100 reais mensais, além do autoconsumo da família e do uso para alimentar as criações.
Dona Denira ressalta a importância da diversidade em sua propriedade, apesar do café ainda ser a principal fonte de renda, esse ano o preço desta commodity caiu demais, aqueles que tinham apenas o café em suas propriedades passaram muito aperto financeiro, já ela, conseguiu obter renda comercializando outros produtos: “Em todo lugar que morei eu sempre plantei, a terra é especial. Não fico apegada, mas sempre plantei, hoje, na terra própria, e assim, um pouco de cada coisa, tudo misturado”! “Nunca jogamos veneno, mas antes achávamos que era normal, só depois que vimos que o ser humano estava sendo prejudicado é que paramos.
A dificuldade de trabalhar com a agroecologia, segundo Dona Denira, é a vizinhança, que considera muito difícil convencer dos malefícios dos venenos. Mesmo assim ressalta, “hoje tem muita gente trabalhando com agroecologia por conta da gente”.
Aos poucos Dona Denira e a família foram acumulando conhecimentos e técnicas alternativas do trato com a terra, e hoje em dia, por exemplo, já conseguem controlar as pragas das lavouras amassando os insetos no álcool ou na água e borrifando a mistura na plantação. Utilizam as sementes crioulas, garantindo a semeadura para o ano posterior. Também apreenderam a identificar e a não consumir produtos transgênicos.
A água da propriedade é pouca, vem do lote do irmão de Dona Denira, que fica pra cima do terreno dela, em tempos de seca o trabalho é dobrado. “Eu tenho paciência, espero um tempo pra encher a caixa d’agua”. Existe um córrego que passa na propriedade na parte de baixo, ela não é suja, mas a família ainda não tem uma bomba para puxar a água.
 Dona Denira será uma das beneficiárias das hortas circulares com integração animal, que propõe um sistema sustentável, onde os restos de folhas da horta  alimentam as galinhas e o esterco produzido por elas volta como adubo para a horta.
Dentre as inúmeras vantagens de ser agroecológico Dona Denira destaca a saúde.
“Você pode panhar o alimento do pé e comer na hora.” “Não uso fogo para roçar. Mas digo que prefiro fogo que veneno”.
 Ela também destaca o gasto mínimo com supermercado: “Só compramos o açúcar branco, apesar de termos o mascavo, pra variar nas quitandas. Também compro sal, arroz e macarrão para os domingos, mais nada”.