segunda-feira, 8 de junho de 2015

BIODIGESTOR: ALTERNATIVA ECONÔMICA

Por Sandra vitória

            Alternativa agroecológica e sustentável com elementos que podem ser encontrados facilmente em sua propriedade: o Biodigestor
            Esse foi o principal tema do Intercâmbio Agroecológico realizado pelo Projeto Cooperar nessa última quinta-feira (4) na comunidade Taquaraçu, em Divino. A atividade reuniu agricultores e agricultoras da região para a troca de saberes e experiências com os técnicos do Centro de Tecnologias da Zona da Mata (CTA-ZM) e estudantes da UFV, juntamente com a professora de Solos, Irene Cardoso. Estiveram presentes também integrantes do grupo Animais para Agroecologia e do grupo Saúde Integral em Permacultura (Sauípe).
            Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o sistema Biodigestor, através do vídeo reproduzido por um dos representantes do Projeto Biodigestor: uma tecnologia social no Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR. O vídeo, publicado em 2014 pela Diaconia, contém informações sobre as etapas de construção e o manuseio desse sistema.

            O processo de construção é bem simples. A matéria prima necessária é o esterco de boi, de galinha ou de porco. O Biodigestor é capaz de gerar o mesmo gás do botijão, fazendo com que a família economize em média o equivalente a um botijão e meio de gás ao mês. A geração de energia também é feita pelo sistema, além da liberação do biofertilizante que fortalece e aumenta a produção de alimentos.
É possível ter essa tecnologia no seu quintal, veja como assistindo ao vídeo também! Clique aqui!
Na prática, os participantes puderam ver de perto o Biodigestor na propriedade do casal Luís Carlos e Maria Aparecida, beneficiários também do Projeto Cooperar: Superando Desigualdades de Renda. O debate sobre o assunto despertou interesse e possibilitou o surgimento de dúvidas, o que tornou a troca de experiências e saberes mais significativa e proveitosa.

Os resultados dessa tecnologia social já podem ser observados desde o seu primeiro uso. “É muito mais econômico e saudável, tanto para quem usa quanto para a natureza. A gente evita a fumaça do fogão à lenha e tem mais segurança com um gás natural.” – Relata Maria Aparecida que em apenas três meses de uso já garante resultados positivos. Uma das integrantes do grupo Animais para Agroecologia relatou que esse processo ajuda também a valorizar a presença do gado no campo, entre outros animais, como suínos e aves.
Sobre a viabilidade que a alternativa assume, “basta ter criatividade. O sistema pode ser utilizado como combustível e energia elétrica, além de várias outras possibilidades.” – observou Felipe Peixoto, integrante do grupo Sauípe.
Para muitos, os Intercâmbios Agroecológicos realizados funcionam como uma escola, onde conhecimentos são trocados entre o público universitário e o público do campo. Raquel Gomes, agricultora, esteve presente pela primeira vez em um intercâmbio, porém relata que já adotou diversas práticas com as dicas que o seu marido leva para a casa. “É uma troca de experiências que acontece aqui, levamos conhecimento para a casa, colocamos em prática e tudo fica mais fácil. Estarei presente em todos.”


A atividade faz parte do Projeto Cooperar: superando desigualdades de renda, executado pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata, CTA-ZM, com patrocínio da Petrobras. O projeto tem o objetivo de promover a geração de renda a partir da inclusão produtiva e do acesso ao mercado de agricultores e agricultoras familiares, nos municípios de Muriaé, Acaiaca, Divino e Espera Feliz. Uma das estratégias de ação está ligada a ampliação da escala de produção agroecológica e agregação de valor a esses produtos.






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