Por Letícia Natalina
Movidos pela esperança de um
futuro mais igualitário os jovens se organizam em grupos com o intuito de
discutir o atual cenário. Além disso, buscam por meios e ações de fazer valer
seus direitos. Dentro dessa realidade encontramos o jovem inserido no meio
rural e esquecido pelas políticas públicas. Essa parcela da sociedade também
está na luta por seus direitos e pelo reconhecimento da sociedade.
Cientes de seu potencial um grupo
de jovens se reuniu no dia 15 de agosto, em São João do Glória distrito de Muriaé, para debater assuntos
relacionados ao contexto rural. O evento que recebeu o nome Oficina de Gestão
para Jovens promoveu discussões sobre a vida do jovem rural, oficinas e dinâmicas.
O intercâmbio também abriu espaço para que os participantes relatassem suas
experiências pessoais, e também promoveu
debates sobre como os jovens podem se articular em busca dos seus direitos.
A abertura do evento foi por meio
de uma dinâmica de apresentação na qual cada jovem e participante dizia seu
nome e uma palavra que simbolizava juventude. Com termos como: força,
esperança, alegria, coragem, respeito e transformação iniciaram-se as
atividades. Como característica da juventude a empolgação marcou presença,
músicas, danças e cores estiveram no ambiente. A primeira fala do encontro
ficou a cargo do presidente da COOPAF Muriaé, Antônio Carlos Bagle, que relatou
sua experiência em movimentos de jovens e ressaltou a importância das
articulações da juventude. Posteriormente, as pessoas foram divididas em grupos
menores para discutirem como os jovens se sentem na sociedade e quais são seus
sonhos e desejos.
A segunda parte do evento contou
com a realização de três oficinas, ministradas por estudantes da Universidade
Federal de Viçosa, UFV, e membros e parceiros do Centro de Tecnologias
Alternativas, CTA. A primeira oficina trabalhou com o tema insetos, em que
medida eles são benéficos e até que ponto os insetos podem ser considerados
como pragas. A segunda oficina trouxe a questão dos animais na agroecologia, as
propriedades de algumas plantas e como elas influenciam no rendimento das
criações. A terceira oficina abordou a cultura popular e como ela está inserida
em nosso dia a dia. Sebastião Augusto Estevão, responsável pela terceira
oficina, ressaltou que a cultura é tudo
aquilo que vivenciamos no cotidiano e que
também é uma forma das pessoas se valorizarem na sociedade. Segundo ele,
“A cultura é alma do povo. Um povo sem cultura não existe.”
Para finalizar o evento, os
participantes se reuniram e apresentaram o que foi discutido em cada oficina,
foi um momento também para a troca de experiências e o relato das impressões
que ficaram do intercâmbio. Houve um espaço para a exposição de ideias e o
compromisso de lutar mais pelos direitos da juventude rural. Antônio Carlos
Bagle destacou a importância dessa mobilização da juventude, “Esse encontro de
jovens é a continuidade de uma vontade que a gente tem de fazer um trabalho com
os jovens. Fizemos um resgate na história do movimento, a força que a juventude
representa e vimos um caminho para ajudar os jovens. É importante retomar esse
movimento.”
Este encontro foi uma atividade
desenvolvida pelo Projeto Cooperar, que integra o Programa Petrobras
Socioambiental tem como objetivo promover a geração de renda, a partir da
inclusão participativa e do acesso ao mercado de agricultores e agricultoras
familiares dos municípios de Muriaé, Acaiaca, Divino e Espera Feliz.
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