Por Fernanda
Lopes
Um grupo de agricultores e agricultoras
familiares de Muriaé pegou a estrada nesse sábado, dia 08 de novembro, rumo a
comunidade de São Joaquim, em Araponga. O motivo da viagem foi o intercâmbio
agroecológico na casa do agricultor Geraldo Lopes Cassimiro e de sua esposa
Marli Teixeira de Oliveira.
Mais de 20 pessoas estavam presentes na
atividade, que começou com uma roda de apresentação. As terras do Geraldo e da
Marli fazem parte de uma área que foi comprada em conjunto com outras dez
famílias há mais de vinte anos. Essa compra foi um dos exemplos bem sucedidos
usados para a criação do Programa de Crédito Fundiário do Governo Federal. Os
agricultores e agricultoras de Muriaé adquiriram recentemente um terreno por
meio do Crédito Fundiário. Eles ouviram as histórias do Seu Neném, agricultor
associado, e do Geraldo,que contaram como foi feita a compra da terra na época.
O que também motivou a visita do pessoal
de Muriaé foi a lavoura do Geraldo e da Marli. A plantação deles é nos moldes
do Sistema Agroflorestal (SAF), ou seja, há vários outros tipos de plantas e
árvores junto ao café como, por exemplo, pés de mamão, abacate e manga. Durante
a caminhada pela lavoura houve muita conversa e troca de conhecimentos entre os
agricultores e agricultoras. Para o dono da propriedade a experiência foi única
e ele aprendeu muitas coisas. Geraldo ainda reforçou a importância de conhecer
pessoas novas e que tenham ideais parecidos.
Depois de se despedirem do casal
anfitrião, os visitantes foram almoçar na Escola Família Agrícola de Araponga
(EFA-Puris) e, mais tarde, seguiram para a terra que um grupo de pequenos
produtores está tentando comprar pelo Crédito Fundiário. Enquanto o dinheiro
não sai, os agricultores fizeram um acordo com o dono da propriedade. Eles
aproveitaram as chuvas para começar a plantar e o resultado da produção vai ser
dividido com o proprietário.
Edivaldo Reis de Araújo, um dos agricultores
que veio de Muriaé, disse que sempre gostou desse tipo de contato com outros
produtores, já que é uma oportunidade de compartilhar o que ele sabe e também
de aprender coisas novas. Para esse encontro ele trouxe sementes para distribuir
aos agricultores de Araponga, a intenção é continuar fazendo isso nos próximos encontros.
Assim como Geraldo, Edivaldo acredita que é importante
manter a união entre os sindicatos e associações, “quanto mais força a gente
somar, mais interessante é”.
O projeto Cooperar, que integra o Programa Petrobras
Socioambiental, tem como objetivo promover a geração de renda, a partir da
inclusão produtiva e do acesso ao mercado de agricultores e agricultoras
familiares dos municípios de Muriaé, Acaiaca, Divino e Espera Feliz. Uma de
suas estratégias de ação está ligada a ampliação da escala produtiva e
agregação de valor, onde a finalidade consiste no funcionamento, na manutenção
e no planejamento da produção agroecológica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário