quinta-feira, 25 de setembro de 2014

III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA)

“ 'Cuidar da Terra, Alimentar a Saúde e Cultivar o Futuro'. Com este lema, o III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) reuniu-se entre os dias 16 e 19 de maio de 2014 na cidade de Juazeiro-BA. Com o público de mais de 2.100 pessoas vindas de todos os estados brasileiros, fizeram-se representar trabalhadores e trabalhadoras do campo, portadores de diferentes identidades socioculturais (agricultores familiares, camponeses, extrativistas, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, ribeirinhos, faxinalenses, agricultores urbanos, geraizeiros, sertanejos, vazanteiros, quebradeiras de côco, catingueiros, criadores de fundos em pasto, seringueiros) , técnicos, pesquisadores, professores, extensionistas e estudantes, além de gestores convidados. 
Com a presença majoritária de trabalhadores e trabalhadoras rurais, nosso encontro alcançou participação paritária entre homens e mulheres, contando também com expressiva participação das juventudes."

O vídeo do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) já se encontra disponível!!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

“O ROUND-UP QUE USAMOS AQUI É A ENXADA”

Entre as atividades realizadas pelo Projeto Cooperar: superando desigualdades de renda destacam-se os intercâmbios agroecológicos, que vêm sendo realizados nos municípios participantes desde o início do projeto.
Nesta segunda-feira, dia 22 de setembro, foi realizado mais um desses eventos no município de Muriaé, na comunidade de Belisário.
O intercâmbio aconteceu na propriedade do casal Edivaldo Araújo e Geisiane e teve como finalidade promover a troca de experiências entre os técnicos do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA/ZM), agricultores e agricultoras familiares dos municípios de Muriaé e Araponga e estudantes e professores de agroecologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET) Muriaé. Este foi o segundo intercâmbio realizado pelo Projeto Cooperar no município e já contou com um grande público, com a participação de aproximadamente cinquenta agricultores e agricultoras familiares.
Desta vez, a história contada foi sobre a aquisição de terra da família de Edivaldo, através da política de crédito fundiário, onde foi possível esclarecer aos outros agricultores e agricultoras sobre as dificuldades, entraves e benefícios encontrados durante o processo de compra e regularização.
Em depoimento, Silvano Araújo, irmão de Edivaldo, relatou que antes da aquisição da terra ele trabalhava em contrato de parceria em propriedades vizinhas e, na maioria das vezes, arrecadava para si apenas 40% da produção, além de ser obrigado a usar agrotóxicos nas lavouras e manter-se constantemente longe de seus familiares. Ele ainda destacou as vantagens de ser o  dono da própria terra: “aqui cada um faz sua parte, cada um tem seu horário, trabalha na hora que quer e da maneira que quer, eu resolvi trabalhar de forma natural e meus irmãos também combinaram assim comigo, ninguém usa agrotóxico aqui ao redor, ganhamos muita qualidade de vida”.
Ao ser questionado por um dos técnicos do CTA sobre a utilização dos agrotóxicos, Silvano foi enfático, “esse procedimento deve ser dispensado para garantirmos a qualidade de vida de todos os envolvidos na prática da agricultura.” “Nós, do grupo do crédito fundiário, sabemos que não tem necessidade alguma em usar agrotóxicos e não usamos em nossas lavouras, vimos bons resultados em nossa saúde, parei com essa prática antes de “desinteirar” a família. O Round-up que usamos aqui é a enxada!”
Na dinâmica do intercâmbio, os participantes foram divididos em grupos e puderam visitar e analisar distintas partes da propriedade de Edivaldo, que está em franco processo de transição agroecológica, com o plantio de árvores nas lavouras de café, diversificação da produção, integração de produção de hortaliças com criação animal e completo abandono de agrotóxicos.
O intercambio foi extremamente produtivo, já que trouxe respostas às dúvidas dos intercambistas de Araponga, que estão vivenciando as mesmas situações no processo de aquisição de terras pelo crédito fundiário. 
A atividade é uma iniciativa do Projeto Cooperar: Superando desigualdades de renda, executado pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA/ZM), com o patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental – em pareceria com a Cooperativa de Produtores da Agricultura Familiar de Muriaé (COOPAF),  Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET). Os Intercâmbios ainda contam com  os projetos parceiros: CNPq, Ecoar e Comboio.

PROJETO COOPERAR REALIZA OFICINA TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE ADUBO BOKASHI

No dia 22 de setembro a equipe técnica do Projeto Cooperar esteve na comunidade de Belisário em Muriaé para a realização de uma oficina técnica de produção de adubo Bokashi. A atividade envolveu agricultores e agricultoras familiares da região, que participaram da oficina na propriedade de Geisiane Costa Maraes de Araújo participante do projeto e futura beneficiária das hortas circulares com integração animal.

A utilização do adubo orgânico Bokashi é uma alternativa que os agricultores e agricultoras familiares estão descobrindo para substituir os insumos agrícolas industrializados, de alto valor e que oneram de forma significativa a produção destas famílias. A utilização de adubos e compostos orgânicos também faz parte das propostas da Agroecologia, que busca, além de produzir alimentos mais saudáveis a partir de uma produção orgânica livre de agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas, libertar os agricultores e agricultoras familiares da dependência de insumos externos à propriedade. Segundo Nina Abigail, engenheira agronômica e técnica do projeto: “é essencial que a agricultura familiar de um modo geral conquiste a sua autonomia e independência dos meios e modos de produção, inclusive a terra, para que possam trabalhar para si e de maneira sustentável”.
A oficina de produção do Bokashi foi ministrada pelo agricultor familiar Carlos Alberto, mais conhecido na região como Pavão. Ele e sua mulher, Marly, já produzem de forma agroecológica e autônoma a mais de 10 anos. Pavão enfatizou que o adubo Bokashi é melhor que o adubo químico pois adubo químico é alimento apenas para a planta e não para o solo diferente do Bokashi que contribui também para o enriquecimento da matéria orgânica permitindo assim, um cultivo sadio.


Para a produção do Bokashi foram utilizados 250 kg de terra de barranco isentos de sementes, 100 kg de esterco de galinha, ou plantas inteiras trituradas e secas de leguminosas, 100 kg de farelo de arroz, ou raízes e folhas de mandioca trituradas e secas, 75 kg de farinha de osso, 15 kg de cinzas de lenha, peneirada, ou pó de carvão, 5 kg de açúcar de rapadura triturada e um litro de microrganismos eficientes (EM-4) diluído em 30 litros de água.

Além do adubo Bokashi, outras técnicas alternativas também estão sendo abordadas nestes encontros, como a calda Bordalesa, EM4 e o bio-gel, todas de baixo custo de produção, com a utilização de materiais existentes nas próprias propriedades e de alta eficácia, garantindo alimentos saudáveis e livres de contaminações. 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

OFICINA DE IMPLANTAÇÃO DAS HORTAS CIRCULARES COM MINHOCÁRIO EM DIVINO

No dia 13 de setembro de 2014, o Projeto Cooperar realizou mais uma atividade no município de Divino, que teve por objetivo fazer uma análise sensorial  de solos, como também técnicas e construção de um minhocário para a produção de húmus.
A oficina ocorreu na comunidade Vargem Grande, onde proporcionou aos agricultores e às agricultoras a troca de informações e experiências relacionadas aos solos e a utilização de húmus como adubo orgânico.
O agroecólogo e estudante de mestrado, Rafael Monteiro de Oliveira, acompanhou de perto os procedimentos realizados pelos beneficiários, já que pretende em sua dissertação sistematizar os dados sobre a implementação das hortas circulares.
Na metodologia utilizada, os participantes foram divididos em grupos e espalhados pela propriedade, a fim de analisar a terra do local escolhido, através da observação de características como cheiro, textura, cor e humidade. Após esta análise sensorial, foi recolhida uma pequena amostra do solo em questão e, logo em seguida, Rafael adicionou água oxigenada a essas amostras, com o objetivo de identificar o solo que possuía maiores atividades biológicas e consequentemente melhores condições para o plantio.
Por fim, Rafael explicou as vantagens da utilização de húmus nas hortas e também ensinou a construir os minhocários. Os procedimentos que foram realizados fazem parte da implementação das hortas circulares com integração animal, que permitem às famílias economizarem mão-de-obra e insumos, tanto para produção quanto para criação animal.
A Atividade é uma iniciativa do projeto Cooperar: Superando desigualdades de renda, executado pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA/ZM) com o patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental  – em pareceria com Associação de Pequenos Produtores e Produtoras Rurais de Divino (CooperDom). A atividade consiste em contribuir na construção de conhecimento agroecológico no Município de Divino.
O projeto Cooperar, que integra o Programa Petrobras Socioambiental, tem como objetivo promover a geração de renda, a partir da inclusão produtiva e do acesso ao mercado de agricultores e agricultoras familiares dos municípios de Muriaé, Acaiaca, Divino e Espera Feliz. Uma de suas estratégias de ação está ligada a ampliação da escala produtiva e agregação de valor, onde a finalidade consiste no funcionamento, na manutenção e no planejamento da produção agroecológica.


INTERCÂMBIO AGROECOLÓGICO DEBATE O TEMA DAS SEMENTES NO MUNICÍPIO DE DIVINO



No último sábado, no dia 13 de setembro, o Projeto Cooperar realizou um Intercâmbio Agroecológico no município de Divino, com a finalidade de desenvolver os conhecimentos sobre agroecologia entre os agricultores e agricultoras familiares e os técnicos do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM).
Desta vez, o objetivo foi aprimorar os conhecimentos sobre as variedades e características das Sementes Crioulas e contou com a participação do técnico do CTA, Breno Mello e da Professora do Departamento de Solos, Irene Maria Cardoso. O debate ocorreu na Comunidade Vargem Grande na propriedade do casal Eliete e Denil.
Os intercâmbios agroecológicos têm por objetivo realizar a troca de experiências entre os agricultores. Segundo Breno, a atividade é de suma importância para o desenvolvimento de conhecimentos agroecológicos. “É importante destacar que os intercâmbios agroecológicos trabalham com outra proposta de extensão rural, onde não existe a figura de um técnico especialista que transmite de maneira vertical os conhecimentos adquiridos em academias, a proposta dos intercâmbios é que os próprios agricultores troquem conhecimentos e experiências adquiridos com a prática, baseados na metodologia campesino-campesino”.
A atividade utilizou uma metodologia de reconhecimento da propriedade, onde os agricultores e agricultoras familiares foram divididos em grupos e percorreram áreas distintas, recolhendo elementos para serem debatidos posteriormente.
Esta metodologia é muito utilizada por possibilitar que os beneficiários observem a agrobiodiversidade e a maneira como acontece a relação entre as espécies, uma vez que, a partir dessas observações, os conhecimentos populares dos participantes vêm à tona.
Neste intercambio ficou evidenciado a relevância das sementes crioulas, principalmente no que tange a autonomia dos agricultores em produzir essas sementes, que podem ser para as hortas, para as lavouras, para sistemas agroflorestais ou adubação verde. Foi ressaltada ainda a importância da preservação destas espécies pelos agricultores, que devem se tornar “guardiões das sementes e da agrobiodiversidade”.
Foi feito um aprofundamento sobre a metodologia para a produção de sementes de milho, foram colocados em questão alguns procedimentos para a escolha das espigas de onde se retirará as sementes para o plantio. Discutiu-se também a seleção das espigas no campo, já que o milho é uma espécie de fácil polinização cruzada.
Neste sentido, Breno Mello destacou que deve-se   manter uma distancia entre  as lavouras, no mínimo 200 metros entre elas, para evitar esse tipo de  cruzamento. A indicação é de que se retire o material genético da parte central das lavouras, já que ficam mais isoladas de possíveis contaminações externas, especialmente das sementes transgênicas.
 Na oportunidade, foram apresentadas várias espécies de sementes crioulas, tais como milhos, feijões, sojas, inhames e outras para adubação verde.
O intercâmbio foi marcante para os agricultores, pois estamos na véspera da época do plantio, ou seja, aconteceu em um momento oportuno, auxiliando os agricultores a planejar a sua próxima empreitada.
  A Atividade é uma iniciativa do projeto Cooperar: Superando desigualdades de renda, executado pelo CTA-ZM, com o patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental  – em pareceria com Associação de Pequenos Produtores e Produtoras Rurais de Divino (COOPERDOM). A atividade consiste em contribuir na construção de conhecimento agroecológico no Município de Divino.
O projeto Cooperar, que integra o Programa Petrobras Socioambiental, tem como objetivo promover a geração de renda, a partir da inclusão produtiva e do acesso ao mercado de agricultores e agricultoras familiares dos municípios de Muriaé, Acaiaca, Divino e Espera Feliz. Uma de suas estratégias de ação consiste em minimizar as dificuldades enfrentadas pelos agricultores por meio de intercâmbios, capacitação dos agricultores e de informações sobre os mecanismos de acesso a determinados padrões de mercado.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

PROJETO COOPERAR REALIZA OFICINA DE CAPACITAÇÃO COM DIRETORES SOBRE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS AGROECOLÓGICOS.

Vários pensamentos que buscam alternativas sustentáveis para a agricultura reforçam a ligação existente entre processos de mudança tecnoambientais e os condicionantes políticos, econômicos e sociais presentes nesse processo de transição. A transformação nas formas de circulação, distribuição e consumo de produtos agrícolas tornaram-se componentes fundamentais no processo de construção de novas relações dos seres humanos, entre si e com a natureza.
Neste sentido o projeto Cooperar busca promover a geração de renda a partir da inclusão produtiva e acesso a mercados de agricultores e agricultoras familiares dos municípios de Acaiaca, Muriaé, Divino e Espera Feliz. As ações do projeto visam ampliar a produção agroecológica e a agregação de valor aos produtos da agricultura familiar, promovendo a inserção dos produtos agroecológicos nos mercados, além de melhorar o ambiente gerencial e práticas cooperativistas e associativistas.
Com o objetivo de capacitar os diretores da Associação de Pequenos Produtores e Produtoras Rurais de Divino e Orizânia (CooperDom), o Cooperar realizou ontem, dia dez de setembro, uma oficina sobre Certificação de Produtos Agroecológicos. A atividade aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Divino, Minas Gerais e contou com a participação dos professores da UFV: Irene Maria Cardoso, Marcio Gomes da Silva e do técnico e engenheiro agrônomo Breno de Mello Silva do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) e do consultor em gestão de cooperativas, Paulo Cesar Junior.
Na oportunidade os beneficiários do projeto puderam expor suas expectativas e dúvidas em relação às possibilidades de certificação dos produtos, no intuito de garantir a sua valorização e o seu reconhecimento como um produto sustentável e saudável.
Após apresentadas às possibilidades previstas em lei, os participantes da oficina traçaram estratégias de mobilização para darem início ao processo de certificação. A professora Irene afirmou que levando-se em consideração a legislação que regulamenta os produtos orgânicos no Brasil, as propriedades do grupo em questão já estão em avançado processo de conversão agroecológica, se tornando uma facilidade para efetivação da certificação.
Outro ponto importante da oficina foi identificar junto aos agricultores e agricultoras as fragilidades no processo produtivo e de processamento, aspectos que devem ser trabalhados simultaneamente no conjunto de ações para a obtenção da certificação.
Paulo Junior ressaltou ainda, que a comercialização dos produtos agroecológicos nos mercados institucionais pode ser realizada com acréscimo de 30% a mais no valor final em relação ao mesmo produto convencional. Neste caso o produtor ganha duplamente, pois o custo da produção agroecológica já é menor do que a produção tradicional.
Embora isso seja uma realidade, os agricultores e agricultoras afirmam a sua intensão de garantir o acesso de qualquer classe social aos seus produtos agroecológicos.
Segundo Breno de Mello Silva, entre as famílias agricultoras envolvidas com os trabalhos do CTA, já foram certificadas apenas famílias do município de Araponga, neste sentido é importantíssimo iniciarmos o processo de certificação em outras cidades já que isto é primordial para garantir o reconhecimento da produção agroecológica e diversificar as estratégias de acesso a mercados pelos empreendimentos.
A iniciativa da oficina partiu do próprio empreendimento, que tem buscado fortalecer a agroecologia a partir de princípios da economia solidária, como a confiança e participação. 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

PROJETO COOPERAR PARTICIPA DE SEMINÁRIO INTERESTADUAL DE ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA E CULTURA



No dia 29 de agosto a equipe técnica do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata, CTA-ZM, esteve presente na abertura da 9ª Festa da Terra de Acaiaca, participando do Seminário Interestadual de Economia Popular Solidária e Cultura. O evento aconteceu na EFA, Escola Família Agrícola Paulo Freire na comunidade de Boa Cama em Acaiaca, Minas Gerais.
Na oportunidade, o técnico do Projeto Cooperar, executado pelo CTA-ZM com patrocínio Petrobras, Paulo Junior, contribuiu com o debate na mesa redonda, “Conhecendo as Experiências da Economia Popular Solidária e sua conjuntura regional, estadual, nacional e internacional”. Paulo Junior pôde contar um pouco sobre as experiências exitosas de “Economia Popular Solidária” desenvolvidas pela organização.  Para ele: “a economia popular solidária se propõe a desconstruir valores que foram formatados pelo capitalismo, neste sentido as ações e experiências de Economia Popular Solidária veem propor, por exemplo, a autogestão, de maneira que os trabalhadores sejam donos também dos empreendimentos, que os trabalhadores sejam donos dos meios de produção. A economia popular solidária busca valorizar a cooperação, a ajuda mútua, minimizar as  desigualdades de gênero, a inclusão da juventude, visando a geração de renda, mas com outra relação entre as pessoas e entre as pessoas e a natureza. É a construção de algo novo. O seminário é um espaço de formação,  para esclarecer dúvidas e mostrar  um pouco das suas experiências. É um momento rico de articulação e ressonância dessas propostas pelo mundo afora”.  


Gilmar de Souza Oliveira, Assessor Pedagógico da Associação Mineira das EFAs e organizador do evento considerou que: “o seminário é um  importante momento  para que possamos nivelar debates, informações,  já que temos um espaço como este  em que as  pessoas que tem a vivência da Economia Popular Solidária podem se conhecer e conversar no sentido da produção, pessoas que produzem uma diversidade infinita, sejam mudas de frutas, resgate das sementes crioulas, compostagem orgânica, horta circular, sistemas agroflorestais, sistemas integrados de animais com plantas, comércio diferente, mais solidário, comunitário, associativo, que também trabalha a economia no campo do debate, da informação, da apropriação da informação, das metodologias de envolvimento das pessoas que produzem, que comercializam, ou que defende a causa, temos pessoas que também priorizam comprar alimentos dessa natureza, sem uso de agrotóxicos”.

O evento ainda contou com as oficinas “Práticas, vivências e ou demonstrações” com diversas temáticas, dentre elas: geração de energias renováveis, guardiões de sementes, hortas circulares, SAF’s e artesanato musical.